2/05/2013

Um bar na rota perdida



Era noite fria e escura, eu sozinho e recém-chegado nesta cidade perdida no interior da .....
Quase meia-noite, única luz acesa da rua, um bar meio suspeito.
Nada a perder, entrei, precisava tomar alguma coisa forte.
Casa meio vazia, luz amarelada, ar enfumaçado.
Olhei ao redor.
No balcão, três gringos, bêbados, dormiam segurando o copo.
No palco, uma banda decadente tocava um country lento.
Um casal, lânguido, mais se esfregava do que dançava na pequena pista improvisada.
Nas mesas, homens solitários namorando o copo de cerveja
e alguns casais trocando olhares vermelhos, carícias lentas, desajeitadas.

Pedi um Jack. Mais um, pedi outro.

De repente, do nada, surgiu do meu lado uma garçonete,
com aquela mesinha pendurada no pescoço,
vendendo cigarros, balas e rosas vermelhas.
Estava mesmo afim de um cigarro.
Levantei os olhos e vi uma linda oriental,
um rosto quase perfeito, só prejudicado pela maquiagem forte.
Cabelo tingido,castanho claro,
com uma flor de gosto discutível presa em cima da orelha esquerda.
Olhos e sorriso radiantes.
Seios voluptuosos, quase saltando em mim.
Um vestidinho vermelho, agarradinho e curtinho,
mostrando as coxas grossas e bem feitas.
Uau, era tudo que eu não esperava ver ali. Pedi um maço de cigarros.
Ela perguntou se não queria comprar uma rosa também.
De cara, achei que estava sendo sarcástica

- era óbvio que eu estava sozinho.

Mas, na terra dos jogadores de pôquer, resolvi blefar.
Comprei a rosa.
Ela, surpresa, perguntou para quem eu a daria:

- Vou deixar em cima da mesa, será da primeira garota que sentar comigo aqui.

Paguei, ela foi embora. Deixei a rosa no lugar vazio da minha mesa.
Pedi mais um Jack.
Eu, meu copo, a rosa, aquele country melancólico
e mal tocado, me senti solitário como nunca.
Acendi um cigarro, o primeiro depois de muito tempo.
Uma da manhã, a banda parou de tocar.
Eu, procurando, no fundo do copo, lembranças das mulheres que tive.

De repente, senti um perfume de mulher.
Levantei a cabeça. Ela tinha voltado.
Parada do lado da minha mesa, rosto lavado, apenas de batom, sem aquela mesinha esdrúxula pendurada no pescoço

– Agora consegui ver melhor, que corpo maravilhoso ela tinha.
Olhando para a rosa, perguntou:

- Ninguém ainda sentou aí?

Respondi balançando negativamente a cabeça.
Puxou a cadeira e foi sentando,enquanto falava:

- Eu adoro rosas vermelhas. Meu turno acabou e não quero voltar para casa.

O barman gritou, grosso e entediado:

- Vamos fechar em meia hora. Peçam suas últimas bebidas.

Ofereci um drink.. Também pediu Jack Daniels.
Enquanto bebia, pegou um dos cigarros que tinha me vendido.

- Pelo sotaque, você não é daqui, né? Veio daonde?
- Sou do Brasil, e você?

Começou a contar sua história. Que tinha nascido em Los Angeles,
que com 18 anos fugiu de casa para ficar com o namorado negro, que seu pai,
um chinês de Xangai, não aprovava.

Terminaram.

Ela, por orgulho, não quis voltar para casa.
Foi morar com uma prima nesta cidade,
estava fazendo college e trabalhava de garçonete para pagar suas contas.

A meia-hora passou e o bar fechou.
Ofereci-me para levá-la para casa.
Ela, de novo, falou que não queria voltar para casa, mas que aceitava a carona.

- Mas, a essa hora, não tem mais nada aberto nesta cidade. Aonde quer ir?
- Aonde você quiser me levar.

Tive, então, a certeza de que não terminaria esta noite sozinho.
Fomos para o motelzinho de estrada aonde eu tinha me hospedado,
esperando pela peça sobressalente do meu transporte.
Teria que continuar minha viagem de manhã, mas, a essa altura,
já não sabia de mais nada.

No carro, me perguntou do Brasil, do Carnaval,
se era verdade mesmo que as mulheres desfilavam nuas na rua.
Confirmei.

- Adoraria morar num país quente e sensual como o seu.

Já não conseguia disfarçar minha excitação. Começou a acariciar minha coxa.

- Achei você muito bonito, charmoso.
E adoro estrangeiros, não vão depois ficar por aqui pegando no meu pé.

Falou isso enquanto sua mão subia e agora o acariciava, totalmente duro,
por cima da calça.
Abriu meu zíper, sua mão achou facilmente o caminho, e começou a me masturbar.

Chegamos.

Entrando no quarto, mal tive tempo de trancar a porta.
Ela me agarrou, me beijou desesperadamente.
Ajoelhou-se na minha frente,
tirou ele para fora e começou a me fazer um oral, alucinada.

Eu, incrédulo, olhava para baixo e via aquele rosto lindo,
aquela boca quente.
Começou a me masturbar e falou, maliciosa:

- Me disseram que os brasileiros são muito quentes na cama!
- São sim, mas só se a mulher também for muito quente e safada!
- Então acho que não vamos ter nenhum problema hoje! - e se levantou.

Apertei-a num abraço forte,
agora eu que a beijava desesperadamente.
Boca quente, lábios carnudos, língua safada.
Abaixei o vestido, tirei o sutien, que seios maravilhosos!
Beijei-os, chupei seus mamilos durinhos,
enquanto acariciava sua bundinha, suas coxas,
até chegar à sua calcinha.
Senti-a quente e molhada, muito molhada.
Puxei a calcinha de lado e a acariciei, melando meus dedos.
Deitei-a na cama, levantei seu vestidinho vermelho e tirei,
alucinado, por sua calcinha.
Beijei suas pernas, suas coxas, fui subindo até chegar aonde queria.
Retribuí o oral, até senti-la gozar na minha língua.

Levantei, fui pegar uma camisinha. Ia colocá-la, quando ela falou:

- Deixa que eu faço isso.

Colocou-a com a boca e me fez mais um oral delicioso.
Eu não agüentava mais, precisava tê-la.
Deitei-me por cima dela, sentia sua respiração ofegante.
Beijei-a mais.
Beijei seus seios e a penetrei, como estava quente e molhada!
Ela gemia no meu ouvido,
acariciava minhas costas e me puxava com suas pernas dobradas.
Senti-a gozando e não agüentei, logo gozei também.
Ficamos deitados, lado a lado, ela acariciando meu tórax,
naquele estado sublime de pós-gozo.
Sem palavras, apenas aquele calor e carícias.
Adormecemos.

Acordei com ela beijando minha boca.
Desceu com sua língua até meu tórax,
minha barriga e começou a me fazer outro oral.
Sentia ele endurecendo de novo naquela boca safada.
Quando estava de novo totalmente duro,
esfregou-o entre seus seios. Que sensação, que visão maravilhosa.
Ora esfregava os mamilos na pontinha dele,
ora apertava-o entre eles.
Pegou outra camisinha do pacote, na cabeceira,
e colocou-a de novo com a boca.
Veio por cima, encaixando-o e sentando devagarzinho, sentia cada milímetro entrando.
Começou a me cavalgar, rebolava, subia e descia, cada vez mais forte,
cada vez mais rápido e ritmado.
Eu beijava seus seios, apertava seus mamilos entre meus lábios,
apertava e acariciava suas coxas, sua bundinha.
Cavalgou-me até gozar e se deitou por cima de mim,
com ele encaixado, me beijou, enquanto sentia suas contrações.

- Como você quer agora?
- De quatro.

Então ela ficou de quatro na cama, bem arrebitada.
Que visão!
Não resisti e, antes de penetrar, caí de boca de novo.
Ela rebolava sensualmente.
Encaixei-o e ela veio para trás, engolindo-o inteirinho.
Segurei-a firme pelo quadril, puxando-a contra mim.
Movimentos fortes, rápidos.
A cama rangia,
via seus seios balançando no mesmo ritmo dos meus movimentos.
Ela gemia mais alto que a cama.
Senti de novo suas contrações me apertando e gozei de novo.
Caímos na cama, extenuados e embriagados de prazer.
Ela adormeceu com a cabeça deitada no meu peito,
logo adormeci também.

Acordei tarde da manhã, meio zonzo.
Não estava mais na cama.
Não estava no banheiro.
Encontrei apenas um bilhete, do lado do pacote de camisinhas:

- Acho que tudo que ouvi falar sobre os brasileiros é verdade.
Obrigada pela noite maravilhosa!
Beijos e boa sorte!

Tomei um banho demorado e bebi o café que preparei.
Guardei o bilhete no meu casaco,
marcando antes a página daquela cidade,
e peguei os ventos, as nuvens, meu caminho.



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