2/03/2013

Nosso Jogo...



Tua língua rápida e lânguida,
percorre meu corpo,
como fogo como se fosse
um raio antes do trovão.

É menina, você feroz, 
me puxa
e sem recato algum
me obriga a jogar com
teu desejo.

Meus sentidos, 
meio adormecidos,
são despertados com fome,
com a mesma fúria e fogo,
que em teu olhar, 
em teu corpo,
nos fazem dividir gemidos
sussurros entrecortados
por teus gritos de fêmea
alucinada, devoradora,
minha. 

Que força nos faz tão únicos,
nessa devassa necessidade,
nesse momento de pouca lucidez,
em que sinto, 
quando sempre sentimos,
dando mordidinhas gulosas
em nossas nucas.

Paro um estante apenas
e te olho, percorro teu corpo
inteiro e nesse exato momento
só de me perceber 
meu olhar febril,
te estremeces em todos teus pelos,
em toda tua ânsia,
em toda tua vontade.

Tua pele fica vermelha,
como que levando choques. 
E te rendes docemente
aos meus desejos,
as nossas necessidades.

Ficamos cada vez mais excitados.
Fico por instantes chocado,
com toda essa paixão,
em que és ousada, fêmea,
simples mulher 
com teu homem,
tenso, teso,
sendo guardando por ti.

Vou pouco a pouco,
sempre mais e mais,
entregando-me,
sentindo e vivendo
uma a uma tuas fantasias. 

Cobrimos os caminhos
de todos os desejos,
de todas as loucuras,
onde portas novas se abrem,
onde um ultimo suspiro
ecoa.

Somos inteiros,
únicos, plenos
em nosso final,
satisfeitos...


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