Oi,
tudo bem com você?
Você sumiu,
me deixou acompanhado da solidão,
e sem dizer ao menos,
um dia eu volto,
Partiu levando o sangue ainda quente,
espalhando paixões por outros ares.
E eu aqui, como sempre,
sem medo de você,
mas com saudade dos sonhos.
Lembra quando caímos da cama?
Que vergonha,
que delicia te erguer,
te trazer de volta,
altiva e fogosa,
para continuar o amor.
Teu sem jeito era latente,
cômico e irreal.
Como ficas linda despreocupada,
sem roupa, com a vergonha
e rubor nas mãos.
Quanta risada, quantos beijinhos,
mil suspiros, alguns arranhões,
muitas juras.
Como o mundo nada nos dizia.
Como sentir você desfalecer,
me fazia satisfeito.
E você sorrindo levada,
guardava sempre,
um ultimo desejo pro final.
Vinha sempre com jeitinho
de menina doce sussurrando
apenas murmurando coisas
que querias que eu adivinhasse.
Erguias teus seios,
lambias os lábios,
jogava os cabelos para trás
e sem a menor cerimônia,
mordicavas meus desejos
mais secretos.
Que safadinha eras.
Que mulher, minha fostes.
Minha pauta querida.
Minha deusa maior.
Por vezes ficavas esperando
minhas reações.
Como que apenas disfarçando
tuas vontades, teus anseios.
Colavas teu corpo ao meu,
e num movimento de pura sedução,
me fazias vivo, latente, perdido.
Teu sorriso não disfarçava teu estado
de prazer,
teu prazer, "com um dorzinha gostosa"
como dizias, momentos antes do sono.
Olha minha menina,
lembro agora,
que quem partiu,
fui eu.
Eu que te deixei com a solidão.
Com medo de novos sonhos.
Com o sangue ainda quente.
Com o ardor do amor a te queimar.
Por isso,
fica triste não.
Parti sim, mas nunca disse.
que não voltaria.
Por isso pequenina,
levanta do chão,
vamos voltar ao amor.
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